Será que os esforços da Netflix serão suficientes para manter a sua sobrevivência?
A Netflix está estudando cobrança adicional por uso compartilhado da plataforma, quer investir em publicidade no streaming e aumentou o valor de suas assinaturas no último ano. Mas, isso será suficiente para garantir o sucesso da plataforma no futuro?
Li recentemente que a plataforma já perdeu quase 1 milhão de assinantes entre abril e junho, sendo a segunda queda consecutiva de assinantes da plataforma de streaming, mas um percentual menor do que se esperava pela companhia que era de 2 milhões.
Quando vemos este cenário, começo a refletir que a Netflix ainda pode ter um cenário muito turbulento por estar totalmente focada na lucratividade, mas esquecendo de outros detalhes muito importantes para a fidelização de público.
Quando a Plataforma encontrou o oceano azul que era esse mercado de streaming, ela nadava sozinha. As pessoas gostavam desta ideia de assistir em um horário mais cômodo, fazer uma assinatura para sempre ver séries e filmes e ter uma diversão a preço acessível diante dos altos valores de assinatura de canais a cabo.
Com isso, a Netflix passou a investir em grandes produções para fazer frente a outras plataformas que estavam planejando entrada no mercado e o resultado foi muito positivo. Porém, as produções não avançaram na velocidade da criação dos outros streamings.
Se analisarmos as outras plataformas, vemos que muitas delas advêm de estúdios e canais com décadas de produções cinematográficas (é o caso da Disney+, HBOMax, GloboPlay, entre outras). Ou seja, o acervo delas de sucesso é atrativo ao consumidor, que começou a utilizar a Netflix por comodidade e agora se vê com alta de preços, baixa quantidade de produções de qualidade e cobranças adicionais por uso partilhado, ainda correndo o risco de ter propagandas durante sua utilização.
O problema de empresas inovadoras é que elas têm uma obrigação de continuar inovando para garantir sua sobrevivência. Não está somente no streaming, vejo que no varejo o case Magalu, que também apresenta problemas depois de que seu modelo de negócios foi adotado pelos concorrentes.
A questão é, ou a Netflix melhora o seu relacionamento e condições atrativas aos seus assinantes, ou será engolido pelo mercado. Amazon já oferece frete grátis em suas compras, Globoplay oferece assinatura gratuita para seus canais abertos e pequenas produções, Disney+ se une com assinaturas de outras plataformas de streaming. A lucratividade pela lucratividade pode dar errado para a empresa que lançou este mercado.
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