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O dilema das redes e o propósito da organização


Vendo a recente mudança de nome do Facebook, os questionamentos sobre segurança da informação de pessoas e o limite ético entre a quantidade de dados que uma empresa deve dispor de seus clientes me fez rever o filme o Dilema das Redes e pensar: Qual o propósito real de uma organização diante desse cenário? Não é somente falar o que se faz e sim fazer.


Pessoas estão passando cada vez mais parte do seu dia presas as telas de computadores e smartphones e o próprio documentário fala dos mecanismos utilizados pelas grandes techs para manter o usuário logado. Lembro de ter me chocado nas duas vezes que assisti que as únicas industrias que chamam seus clientes de usuários é a da Tecnologia e a das drogas, porque realmente o uso excessivo da tecnologia tem se tornado um verdadeiro vício para jovens e adolescentes.


Os efeitos de toda essa manipulação de uma quantidade gigantesca de dados por mais que possa trazer inúmeros benefícios como maior monitoramento da saúde, economia de tempo, mas também pode causar muitos prejuízos para as próximas gerações em questão de saúde mental e até como vimos recentemente interferência das “Fake News” em eleições pelo mundo todo.


Mas, você deve estar se perguntando, onde o propósito entra em tudo isso?

Essas grandes indústrias descobriram como forma de rentabilidade manter o usuário maior tempo conectado para que os anunciantes possam fazer propagandas específicas ao seu público de interesse que passa cada vez mais tempo conectado e por isso tem mais chance de ser impactado, ou seja, o tempo de uso de uma pessoa em seu site e sistema indica o interesse dele pela sua solução e com isso a venda pode ser mais fácil.


Porém, essa lógica que é rentável para empresas e plataforma de redes sociais está impactando negativamente em um determinado ponto na vida em sociedade. Será que um dos propósitos da minha marca pode não ser reduzir o tempo deste usuário, para ele fazer o uso mais eficiente da minha solução e assim poder se desvincular um pouco desse mundo digital?


Será que não é possível simplificarmos nosso site, a explicação sobre algum tema de interesse desse cliente e agilizar as funcionalidades de nosso app para que ele possa fazer o uso consciente de nossas soluções? Será que não devemos aplicar políticas e mecanismos muito bem estruturados para não incentivar a nossos próprios profissionais não desfrutarem um período saudável de descanso?


O propósito é integrar a sua visão com os interesses da sociedade e, nesse meio extremamente digital, vale a pena repensarmos como marca o que podemos fazer para aproveitar de maneira consciente nossa estratégia de divulgação e formas de trabalho. Por isso, em parceria com a Inflow Tech tenho trabalhado tanto essa questão ágil de experiência do usuário no desenvolvimento de apps. Temos que entender que nossas marcas impactam muito mais do que imaginamos a sociedade. Acredito que Mark Zulkerberg nunca imaginou a proporção e influencia que o Facebook teria nas eleições americanas e agora tem um dilema importante para resolver, tanto que sua proposta até foi mudar de marca e de propósito.

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